terça-feira, 6 de julho de 2010

Monólogo

Não sei por onde começar. Não sou uma pessoa de muitos problemas, e por isso agradeço muito, mas os poucos problemas que tenho já me incomodam o suficiente. Sinto que não posso ser sincero aqui, mesmo sabendo que ninguém vá ler..
Recentemente, mudei de escola. Essa deve ter sido a melhor coisa que eu já fiz na minha vida, porque o meu antigo colégio (cujo o nome é tão vulgar que aqui não deve ser mencionado) simplesmente não me deu chances de tentar ter todas as experiências que um adolescente normal deseja, mas eu também não contestei essa injustiça, o que torna os dois lados muito semelhantes.. 
Emfim, encerrei o ano com tentativas desesperadas de tentar me enturmar, não sei bem porque fiz aquilo, achei que eu estaria tentando concertar algo há muito quebrado, mas ali não havia mais nada a ser concertado.. 
Quando mudei de escola, simplesmente decidi transformar-me, recomeçar, era a chance que eu precisava para finalmente viver a minha vida como eu sempre quis. Fui determinado, consegui o que queria, fiz muitos e muitos amigos novos, com os quais me diverti muit nesse primeiro simestre.
Eu acho que, quando eu vi que estava muito mais enturmado que os outros novatos (que aliás, pensavam que eu já era veterano da primeira vez que falaram comigo, só pelo meu jeito de ser), quis esfregar isso na cara dos meus antigos colegas, por mais que todos me dissessem que eu simplesmente não precisava provar nada para ninguém, eu ainda sentia um vazio, e ainda sinto necessidade de que todos soubessem que eu não já era como antes, eu tinha mudado, tinha me tornado aquilo que eu queria ter sido na minha escola antiga. Para isso, eu simplesmente agi como uma pessoa completamente diferente do que sou, e, no final, me senti muito, mas muito mal, como se eu tivesse feito algo muito errado, como se um pedaço de mim tivesse sido arrancado e jogado fora.. Desde aquele dia em diante, percebi que simplesmente não podia me forçar a mudar em menos de 2 meses a 1 simestre, e que, se eu realmente  quisesse mudar, seria gradualmente, com um passo de cada vez, sem estrapolar como fiz. Depois de refletir sobre tudo, segui como se nada tivesse acontecido, sendo eu mesmo, o que para mim foi muito bom, até por que as pessoas com as quais eu tinha que conviver aceitaram a minha face verdadeira muito melhor do que a superficial. Com o tempo, fui encontrando problemas, soluções e tudo o que precisava para ser feliz. Com o tempo, fui encontrando pessoas maravilhosas, com as quais rio muito e tenho a sorte de poder chama-las de amigos. Com o tempo, também conheci pessoas que despertarm o meu amor, o qual nunca foi meu ponto forte, eu simplesmente não conseguia compreender.. mas tenho a sorte de chamar essa pessoa de namorada, e de noiva, e de esposa um dia, talvez...
Não adianta se planejar, não adianta tentar escrever lembranças e sonhos num pedaço de papel, por que simplesmente é muito doloroso se lembrar daqueles dias inesquecíveis, quando se está num dia digno de chover. Também não é aconselhável planejar seus passos, saber o que você comerá de café da manhã daqui a 21 anos (QUAL FOI ?!), ou escolher o nome dos filhos. A vida está sempre passando a perna em nossas metas, e nenhum momento é igual a outro, a vida não tem replay, você deve sobreviver com o que tem naquele momento, pelo contrário, você não estará muito longe do começo. O que estou falando é pura experiência, isso é tudo que sei, ainda numa idade não muito avançada.

O Meu Poder

Tenho um poder que não está muito longe de ser compreendido, não muito longe de ser imitado. Tenho a conveniente habilidade de me transformar em diferentes pessoas, dependendo da situação e das circuntâncias.Posso me obrigar a chorar, me obrigar a rir, me obrigar a transformar-me naquilo que me vier à cabeça. Parece incrível, longe da compreensão humana, longe do que eu esperava viver num lugar como esse, cada vez mais preto-e-branco. Sinto como se estivesse voltando à décadas anteriores, onde muitas das fases pelas quais tivemos que passar eram descoloridas, torço para que esta seja apenas mais uma fase. Meu poder também me permite posicionar-me em relação àquilo que acho errado, àquilo que com certeza tem uma resposta e um jeito mais fácil de compreender o imcompreensível.
Meu poder é muito comum ao que eu costume chamar de bípede ambicioso, mas também é comum à andantes de quatro patas (ou mais) (ou menos) de puro coração. Apelidei então esse poder de 'emoção'.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Não penso mais..

Olá! Como vai ? Bem ? Que ótimo !
Que tal um café ? Exelente.
Por que ainda pensas ?

Por que penso, por que me esforçar,
Meus neurônios, queimar, minha cabeça usar.
Tudo para mim, mastigado já vem, numa
bandeja de prata,Servida ? 
Não era o não-planejado, mas por que viver em meio
a opções, quando se pode simplesmente elimina-las, 
aceitar limites, desistir de lutar contra uma imagem 
figurada, um bicho-papão, coisa da cabeça..
Por que escolher, quando se pode fazer o usual, 
fotografar uma barreira, sem ao menos ter
a curiosidade de saber o que por trás oculta, 
Por qual motivo oculto teria sido construída ?
Por que questionar o questionável, se a lógica,
raciocínio, não mais é utilizada ?
Ainda encontras razão pensar ?
Ótimo, por que minha mente tem um prazo, 
e quanto mais for ajudada, quanto mais menos
esforço, não importa sobre ou o que ou quando ou onde,
ela morre, aos poucos, sutilmente, suavemente, fechando uma 
pálpebra de cada vez, até selar-se numa jaula de cristal,
onde não mais será perturbada, onde encontrará a paz, e aquela criatura bípede com muito pontecial para qualquer coisa, me encontrará, me guiará e me dará asas.
Paz? Não sei.. nunca estive lá... mas talvez algum dia, quando eu seguir todas as conveniências de uma vida sem graça, possa finalmente encontrar-me com ela..

PB Poesias Batidas

Canso-me de ouvir, de onde, de quando, do óbvio.. 
Canso-me de ouvir, tudo aquilo que tão óbvio é,
mas tão óbvio é, que justamente o que pela sua boca sai,
sem ao menos perceber-se, é o tal do óbvio

Cantar, pensar, falar o óbvio, não é nada muito novo, muito desconhecido,
Mas manipula-lo, faze-lo obedecer imoralidades, verás como o óbvio se modifica
E te modifica, de modo a perecer como algo que óbvio não mais é, é o que moldaste
É o que falaste, e agora, que ao óbvio destes forma, o que com ele fazerás ? 



Poesia não sei, mas...

Preciar, Apreciar
De Poesia nada sei a-preciar
e de nada saber é o que quero precisar
Pois me sinto bem com o que sei, e sabendo o que sei, por enquanto há de bastar
e o que não sei, que continue sendo 'insabido', tudo a seu tempo, dizem..
Como 'poesiar' não serve para todos, para todos nós quadrodos
Rimar deve servir, mesmo que rime-rime, retângulos
Não-rime, rime, não hei de apreciá-la; Triângulos
Não me ponho em risco, em Círculos
Poesia, ó Poesia,
Preço.
A vida enquanto passa,
nossos ramos poda
A vida é muito doce,
Mas é foda! HAHAHA

Gostaria muito
de o mundo colorir
encantar, alegria distribuir
seguir meu caminho,
diferentes ângulos descobrir,
criar laços com pessoas 'inlaçáveis'
numa tarde de chuva, muito dormir
seguir uma vida sem preocupações,
por mais que eu saiba que uma só,
Somente uma na minha cabeça,
Prevaleça

domingo, 24 de janeiro de 2010